Mais do que uma festa, essa data deve trazer uma reflexão sobre as influências do “ser criança” nesse contexto atual.
Foi um projeto de lei que estabeleceu o dia 12 de outubro como data oficial para a comemoração do Dia das Crianças no Brasil, pois na maioria dos países do mundo, essa comemoração é realizada no dia 20 de novembro, devido à oficialização da Declaração Universal dos Direitos da Criança, em 1959. Mas, independentemente do calendário, muito mais que programações especiais e festas, a data é uma oportunidade para reflexões sobre a importância da infância, bem como as influências que essa fase tem sobre a vida adulta.
A infância é uma fase muito importante do desenvolvimento humano, marcada por aprendizados e descobertas. É nela que a criança vivencia muitas coisas e conhece o mundo no qual está inserida, aprende sobre regras de convívio social, cooperação, comunicação e resolução de conflitos. É por meio das brincadeiras que são desenvolvidas as múltiplas competências e habilidades, como: raciocínio, atenção, imaginação, criatividade e socialização. São essas habilidades que, futuramente, irão estimular a maneira de ser e agir na idade adulta. Todas essas experiências vividas na infância vão influenciar a vida adulta positivamente ou negativamente, isso está diretamente ligado aos tipos de adultos do futuro.
Algumas pesquisas evidenciam que vínculos familiares, ambientes saudáveis e uma boa educação escolar nos anos iniciais são essenciais para o desenvolvimento pleno da criança, o que refletirá em uma maior facilidade de adaptação em diferentes ambientes, aquisição de novos conhecimentos, bom desempenho acadêmico e maior realização pessoal, vocacional e econômica. Dentro do contexto de um mundo conectado e veloz, no qual as gerações mais novas são atingidas rapidamente pela internet e suas inovações, se faz necessário destacar a importância da educação e da escola em resgatar atividades costumeiras da infância, como as brincadeiras e o uso da imaginação.
A criança se desenvolve à medida que cresce em estatura e conhecimento e suas ações e comportamentos próprios trazem algo que os adultos deveriam aprender ou reaprender com elas. Isso é tão importante e necessário para nossa vida, que a Palavra de Deus vem reafirmar, quando Jesus chamou para perto de Si uma criança e colocou-a no meio de seus discípulos e disse: “Em verdade eu vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como uma criança, de modo algum entrareis no Reino dos Céus. Aquele, portanto, que se tornar pequenino como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.” (Mt18,2-4)
A criança é sincera, pura, verdadeira, não guarda mágoa, é livre de preconceitos e rótulos. Deveríamos voltar a ser assim, termos um coração humilde, pronto a aprender e viver as verdades de Deus, aprender realmente a amar e a perdoar como as crianças. Isso certamente seria um aprendizado riquíssimo para os adultos. Nos alegrar nas situações corriqueiras do nosso dia a dia, como só as crianças sabem fazer, seria muito bom.
Costuma-se dizer que um país que não cuida de suas crianças e de seus adolescentes está fadado a ter um futuro nada promissor. E o mesmo podemos dizer das comunidades cristãs que não zelam por seus pequenos e adolescentes. Elas estão fadadas a desaparecer num futuro não muito distante.
Cuidar das crianças e dos jovens como comunidade cristã pode significar a necessidade de criar ambientes próprios para eles nas celebrações. Pode significar a organização da Pastoral da Criança e da Pastoral do Menor. Pode significar também, a dinamização da Pastoral dos Coroinhas, a qualificação da catequese e a dinamização das celebrações. Cuidar dos menores implica no desenvolvimento de ações com as mães gestantes e com os jovens que se preparam para o casamento.
Professora Andrea Corrêa Sala Otoni
Fontes:
https://mackenzie.br/noticias/artigo
https://formacao.cancaonova.com/diversos/a-mae-das-criancas-do-brasil/
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